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15 DE MAIO
Assistentes sociais na Universidade Federal de Sergipe: profissionais necessários(as) na construção e reconstrução dos direitos
Data de Publicação: 15/05/2023
Desenvolver atividade como assistente social é um desafio constante e não é diferente quando se desenvolve em instituições de ensino superior, particularmente na Universidade Federal de Sergipe. O Serviço Social tem marca histórica de atuação na UFS, tendo seu espaço conquistado por meio de diversas lutas incansáveis que objetivaram dar visibilidade à profissão e permanecer na defesa intransigente dos direitos dos estudantes e usuários, da democracia, da oferta de serviços de qualidade e da educação pública.
"Professor João Cardoso [primeiro reitor da UFS] dizia que a presença da[/o] assistente social em diversos setores sociais era imprescindível e assim ele invocava a sociedade a dar a devida importância a essas[/es] profissionais. Ele chamava as[/os] assistentes sociais de ‘Valentes Desbravadoras’ [...]” (SILVEIRA, 2008).
As/Os profissionais de Serviço Social da UFS estiveram e mantém-se atuantes nos espaços de mobilização e luta pelos direitos dos/as trabalhadores/as, seja na militância no sindicato ou em comissões, conselhos, grupos de trabalho, reafirmando seu compromisso ético em defesa da ampliação e melhoria das condições de trabalho na UFS diante do avanço da precarização e fragilização das relações de trabalho, da permanente invisibilização das demandas dos/as trabalhadores técnico-administrativos/as e terceirizados/as, das situações e denúncias de assédio moral e sexual, de racismo, lgbtfobia e transfobia, e outras formas de opressão às minorias.
SER E ATUAR COMO ASSISTENTE SOCIAL é realizar uma leitura crítica da realidade para fundamentar sua intervenção, numa perspectiva criativa e propositiva em resposta às demandas estudantis e institucionais.
É lutar no cotidiano profissional pela defesa e viabilização dos direitos dos/as discentes da graduação por acesso à assistência estudantil de qualidade, apesar das dificuldades impostas pela conjuntura neoliberal e pelos entraves da instituição.
Nesse sentido, faz-se necessário reconhecer a importância da/o assistente social nas instituições de ensino superior federais no processo de ampliação do acesso e permanência das camadas populares nas universidades públicas, mediante as ações de assistência estudantil e políticas de cotas. E esse reconhecimento não pode ser identificado apenas na inserção desse profissional no âmbito da execução e operacionalização dos programas e serviços ofertados, mas também no que diz respeito às decisões, planejamento e elaboração de regramentos relacionados à política de assistência estudantil na UFS.
É preciso, ainda, garantir condições de trabalho adequadas para o exercício profissional, de modo a atender as determinações dos dispositivos legais que regem sobre essa questão.
Diante disso, o Serviço Social em sua campanha nacional do CFESS em 2023 que marca 30 anos do Código de Ética da profissão, traz como mote que o “Serviço Social é PROFISSÃO regulamentada NECESSÁRIA PARA O BRASIL”! É necessária e estratégica para a implementação das políticas sociais, sobretudo, para a política de educação e para a execução da política de ações afirmativas nas universidades.
Por isso, nesse 15 de maio, o Sintufs parabeniza as/os trabalhadores do Serviço Social da UFS que lutam por respeito à sua identidade e sua história, por reconhecimento do seu conhecimento teórico, técnico e político, por autonomia profissional, por ampliação e democratização do acesso aos direitos e garantias sociais, pela superação das desigualdades e por uma universidade pública, gratuita e de qualidade.