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GREVE
TAEs da UFS alcançam primeira vitória após quase dois meses de greve
Data de Publicação: 08/05/2024
Prestes a completar dois meses de mobilização, o movimento paredista dos TAEs da UFS alcançou sua primeira vitória na Pauta Local na tarde de ontem (07). Em reunião com o reitor da universidade, Valter Joviniano, o Comando Local de Greve (CLG) obteve um recuo da gestão em relação à Minuta da Política de Assistência Estudantil.
Minuta da Política de Assistência Estudantil
A Minuta, que já havia sido encaminhada ao Conselho Superior (Consu) e encontrava-se nas mãos do Relator para análise, vinha sendo objeto de crítica pelos profissionais da Assistência Estudantil da UFS desde a composição do Grupo de Trabalho responsável pela elaboração – já que envolvia mais gestores de outras pró-reitorias e que não tinham conhecimento técnico e nem teórico sobre o tema, do que profissionais da área. O resultado, como previsto e criticado pela direção do Sintufs por diversas vezes no ano de 2023, foi um documento repleto de equívocos, construído sem considerar a realidade dos campi e as particularidades das demandas estudantis.
Como proposta, nessa última reunião, foi sugerido por Valter que o documento retornasse ao seu gabinete para ser encaminhado à Divisão de Programas de Assistência e Integração (Dipai) da Proest, para ser reconstruído democraticamente, com a participação dos profissionais da Assistência Estudantil de todos os campi da UFS, sob a coordenação da professora Raphaela Schiassi, docente do campus Lagarto e chefe da Dipai.
Atendendo as reivindicações feitas pelo CLG, a sugestão foi aceita. Os trabalhos de reconstrução da Minuta começarão após o retorno da presidente das férias, a partir de 20 de maio.
Para o assistente social, Fábio dos Santos Barbosa, essa é uma grande conquista para a categoria. “Há mais de um ano, as equipes de assistência estudantil vinham insistindo na reconstrução da minuta principalmente pelo peso unilateral no modo como foi elaborada. Na época decidimos que a representante do Serviço Social no GT se retirasse porque nosso posicionamento era ouvido, mas em nenhum momento foi respeitado durante o processo. Éramos minoria e sempre terminávamos sendo vencidos pelos gestores que pouco entendiam do assunto. Também envolvemos o Sintufs e o Conselho Regional de Serviço Social (Cress-Se) nessa luta porque a minuta também atacava o exercício profissional de assistentes sociais na Proest. Felizmente, durante a greve, conseguimos ser ouvidos pelo reitor e a Minuta terá a possibilidade de ser refeita por quem mais entende do assunto, que somos nós que atuamos cotidianamente na Assistência Estudantil. Sem dúvidas, essa é a primeira vitória da pauta local da nossa greve”, declara.
CPFJ e 30h
Quanto à pauta da paridade na CPFJ, a administração apresentou a proposta de recomposição dos membros da Comissão, reduzindo de 10 (dez) para 05 (cinco) titulares e (02) suplentes, eleitos democraticamente pelos TAEs da UFS, via SigEleição, conforme os demais processos eleitorais na Universidade.
No que se refere à pauta das 30 horas, foi solicitado que houvesse uma resolução rápida para os processos pendentes. O reitor assegurou que irá dar continuidade às avaliações das tramitações e comprometeu-se a ampliar os setores flexibilizados quando os trabalhos forem retomados. Após muito debate sobre o assunto, e considerando as polêmicas envolvendo o retardamento dos processos que estão parados na UFS há mais de 10 anos, o CLG preferiu encaminhar a proposta para uma discussão interna do grupo e apresentar o posicionamento em outro momento.