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25 DE JULHO

Luta e Resistência: O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Data de Publicação: 25/07/2024

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, instituído em 25 de julho, representa uma data de extrema importância para a conscientização e combate ao racismo e feminicídio, além de ser um marco na luta contra as diversas formas de violência sofridas pela população negra.

No Brasil, essa data ganha ainda mais relevância com o marco do Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, uma homenagem à líder quilombola que desafiou a opressão colonial no século XVIII.

A instituição deste dia transcende a mera lembrança histórica, servindo como um chamado à ação para a criação, avanço e efetivação de políticas públicas que promovam a equidade racial. É necessário o reconhecimento institucional e político das contribuições das mulheres negras, bem como a implementação de medidas concretas que visem à reparação das injustiças históricas. 

No país onde as maiores vítimas de estupro no país são meninas negras de até 13 anos, segundo dados divulgados no 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a sociedade deve ser impulsionada a reconhecer e enfrentar o racismo estrutural que permeia todas as esferas, desde o âmbito educacional até o mercado de trabalho, fomentando o empoderamento e a ascensão social das mulheres negras.

Neste contexto, a educação desempenha um papel crucial, não apenas na formação de cidadãos conscientes, mas também na valorização das culturas e histórias afrodescendentes. A persistente prevalência do feminicídio entre as mulheres negras e as elevadas taxas de violência sexual contra meninas negras demandam respostas rápidas e eficazes do poder público e da sociedade civil. 

O fortalecimento do protagonismo feminino negro e a ampliação de oportunidades de liderança são passos fundamentais para uma sociedade mais justa e igualitária. As demandas por justiça racial e social não podem ser vistas como meros pedidos, mas sim como exigências urgentes que requerem a mobilização contínua e o comprometimento de todos os setores da sociedade.